Apesar do alarde levantado pela mídia leiga, o artigo serviu apenas para trazer mais uma evidencia sobre algo que já era percebido por nós, cirurgiões plásticos. As células de gordura no corpo só se multiplicam em determinadas fases da vida de cada indivíduo, mantendo seu número estável por grande parte da vida adulta, assim a retirada de algumas destas células através da lipoaspiração faz com que a energia extra absorvida na dieta tenha que ser armazenada em um número menor de células fazendo com que as células de gordura que ficaram "engordem" por aquelas que saíram, criando uma nova distribuição da gordura corporal. Há um acúmulo de gordura em sítios não lipoaspirados ou até na cavidade abdominal.
Isto corrobora com a informação, sempre passada pelos cirurgiões plásticos que atuam com responsabilidade, de que a lipoaspiração é uma cirurgia de contorno corporal e não uma cirurgia emagrecedora. Esta só deve ser indicada em pacientes não obesos, ou em processo de emagrecimento, e que houve uma reeducação alimentar e o combate ao sedentarismo, para que o tecido adiposo que restou não seja estimulado a acumular gorduras, mas sim a continuar perdendo esta.
Assim, a coinscientização dos pacientes que serão submetidos a lipoaspiração é vital para a manutenção do resultado estético e da saúde a longo prazo.
Dr. Celso Boechat via iPad
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